segunda-feira, 11 de junho de 2012

FOI EMBORA A TRADIÇÃO!






A quadrilha de roupas remendadas, chapéu de palha, de passos molengas e caricaturados, do som à base de sanfona e triângulo está em extinção. Em seu lugar, vem ganhando cada vez mais força a chamada quadrilha estilizada, que encheu de elementos um dos maiores símbolos do São João. As apresentações mais parecem desfiles. São usados cenários, roupas luxuosas, músicas e temas próprios. A preparação do espetáculo envolve toda a comunidade e dura o ano inteiro, não apenas no período que antecede o ciclo junino. Os anarriês e alavantus foram substituídos por passos sincronizados e elaborados. Nos concursos, são critérios de avaliação das quadrilha: pontualidade, criatividade, evolução, adereços, figurino, repertório, entrada, saída, casamento e animação. Prova de que, com o passar dos anos, as quadrilhas estão cada vez mais parecidas com as escolas de samba.
    A rua Manoel Joaquim em Olho d'água do Borges, que ficou conhecida pelo São João de rua, não está mais formando uma quadrilha matuta. É preciso que o secretário de cultura do município faça uma analise mais completa da cultura local. Não pode-se descartar a cultura. Está faltando algo no projeto cultural desta cidade.

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