sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

SE ESCOLA BOA É A QUE REPROVA, HOSPITAL BOM É O QUE MATA?



Reprovação nas escolas é o melhor caminho?

Alunos que ficam para trás carregam essa marca e amargam um pior desempenho

Nathalia Goulart
Nota baixa na escola
(Thinkstock)
Alan Alves foi reprovado na segunda série do ensino fundamental. Desestimulado, ainda prosseguiu até o oitavo ano, quando repetiu novamente e decidiu abandonar os estudos. Atualmente, aos 22 anos, está de volta aos bancos da escola para concluir o supletivo, pressionado pelas exigências do mercado de trabalho. “Sem completar os estudos, fica difícil encontrar emprego”, conta. No Brasil, quase um em cada dez estudantes levou "bomba" em 2008. De acordo com dados do último Censo Escolar realizado pelo Ministério da Educação (MEC), 11,8% dos alunos do ensino fundamental das redes pública e privada passaram pela experiência e tiveram de passar 2009 revisando o que deveriam ter aprendido antes.
Fazer com que o aluno seja obrigado a rever todo o conteúdo de um ano escolar - ou seja, a reprovação - pode não ser a melhor opção para enfrentar o problema de estudantes com desempenho fraco. A conclusão é de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG). O estudo, coordenado por Luciana  Soares Luz, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), comparou os níveis de aprendizado de mais de 5.000 estudantes dos dois anos finais do ensino fundamental em seis estados brasileiros – Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Rondônia e Sergipe.
A principal conclusão é que, a longo prazo, os alunos aprovados aprendem mais do que aqueles que foram reprovados. Em outras palavras, refazer um ano escolar não é garantia de aprendizado adequado. “E não estamos falando de um aluno que progrediu porque era melhor e outro que foi reprovado porque tinha nota piores. Mas, sim, de dois alunos cujos desempenhos eram semelhantes”, afirma a pesquisadora.
A especialista tem na ponta da língua uma explicação para o fenômeno. Segundo ela, os alunos aprovados evoluem mais porque, ao ascender na carreira escolar, encontram conteúdos novos, mais desafiadores e adequados à sua idade. Por outro lado, para os reprovados, rever assuntos já conhecidos tem efeito contrário. Patrícia Cursino, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),  lembra que a autoestima pesa quando o assunto é reprovação. “Quando isso acontece, o estudante sente que não atingiu o objetivo”, afirma.
A maioria das escolas brasileiras ainda opta pela reprovação. Elenice Lobo, do Colégio Santo Américo, em São Paulo, acredita no modelo. “As consequências negativas da retenção não dão conta da realidade. Se o aluno é retido, ele tem defasagem de conteúdo. Apesar do desconforto nos primeiros dias de aula, ao longo do ano ele resgata aquilo que lhe faltava e tem um desempenho acadêmico melhor”, afirma. Para minimizar os efeitos colaterais, a escola investe na integração do reprovado com a nova classe, além de esclarecer dúvidas com pais e pedir esforço redobrado ao professor. “Para exercer efeito positivo, a reprovação precisar ser bem aplicada”, diz Silvana Leporace, do Colégio Dante Alighieri. “Muitas vezes, é um fator que leva o aluno a recomeçar um processo pedagógico muito positivo.”
Pedro Henrique Rodrigues, de 19 anos, concorda. Ele foi reprovado pela primeira vez na sétima série. Mais tarde, experimentou mais duas retenções no primeiro ano do ensino médio. Não desanimou. Hoje, admite que, à época, não tinha condições de seguir em frente nos estudos. “Vejo que não tinha maturidade para avançar na escola. Mas, após as reprovações, encarei a situação como uma segunda chance”, conta.
Progressão continuada – A discussão sobre eventuais efeitos da reprovação na vida dos estudantes é um tópico antigo na área da pedagogia brasileira. O estudo mineiro vem reanimá-lo. Para aqueles que defendem o fim do mecanismo, uma das alternativas é o que ficou conhecido como progressão continuada. A prática trocou a tradicional aprovação/reprovação anual por ciclos de aprendizagem, que avaliam o estudante, mas não o reprovam - concentrando-se em acompanhar o desenvolvimento de cada aluno para sanar suas dificuldades. O modelo foi adotado há 14 anos no estado de São Paulo e desde então se expandiu a outras unidades da federação.
Formulada a partir de políticas e da realidade europeia, a progressão continuada previa uma avaliação dos estudantes ao fim dos ciclos. Em países como a Inglaterra, onde obteve bons resultados, os clicos têm duração de apenas dois anos - e não quatro, como no Brasil. Naquele período, os alunos dividem a sala de aula com no máximo 30 colegas - algo incomum nas escola públicas do Brasil. Com um grupo reduzido, o professor pode dar atenção a cada aluno.
A política tem se mostrado eficaz. Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2007 mostra que países que baniram a repetência – como Noruega e Suécia – se encontram em situação melhor nos rankings internacionais de educação do que aqueles que a permitem. O relatório, porém, demonstra que outras nações que não adotaram a progressão continuada – caso da Bélgica – também colheram bons desempenhos nas avaliações.
No Brasil, a adoção do modelo ainda é controversa - e seus frutos, discutíveis. No último índice de educação feito pela Unesco, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a educação e a cultura, o país ocupou apenas a 88ª posição entre 128 nações. Por sua vez, dados do Sistema Nacional da Avaliação da Educação Básica (Saeb) relativos ao período 1995-2005, quando a aprovação automática ganhou força, mostram que a qualidade do ensino piorou. Em 1995, a média de proficiência em língua portuguesa dos alunos da quarta série do ensino fundamental era de 188,3 pontos. Em 2005, caiu para 172,3 pontos. Na terceira série do ensino médio os números são mais alarmantes: 290 pontos, em 1995, ante 257,6 pontos.
Mesmo entre os especialistas que apoiam a aprovação automática, a medida é vista com ressalvas. “Aprovar automaticamente é melhor que reprovar”, acredita Stella Maris Bordoni, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. “A repetência resulta em um grade desperdício de recursos e, o que é pior, alimenta estatísticas alarmantes de evasão”, defende. “Mas essa política precisa ser acompanhada de um cuidado maior com a evolução do trabalho de cada aluno.”
Esse acompanhamento ainda não é visto nas escolas brasileiras que adotam o sistema de aprovação automática, lembra Fernando Becker, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), um crítico do método nos moldes em que é aplicado atualmente. "Ouço relatos de professores de quinta série do ensino fundamental que lidam com crianças analfabetas, que não teriam condições de progredir nem para a segunda série", conta. "Esse sistema está dirigido para uma conjuntura político-eleitoreira e não para a lógica da demanda educacional. É interessante para um governo ter um sistema que não alimenta altos índices de reprovação e evasão escolar", acrescenta. "Inventou-se a aprovação automática para escamotear outros problemas".
Neide Bittencourt, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sintetiza: "Muitos educadores afirmam que a reprovação traumatiza o aluno. No entanto, deixar que a criança chegue à quarta série do ensino fundamental sem saber ler e escrever é muito mais traumático. Incluir apenas por incluir é uma forma de exclusão", acredita. "A reprovação não vem no intuito de penalizar, mas, sim, fazer com que o aluno aprenda".

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Aluno da E. E. 20 de Setembro é aprovado na 1ª chamada do SISU



O aluno da E. E. 20 de setembro, Elifran Dias Muniz, foi aprovado na 1ª chamada do SISU para CIT da UFERSA em Caraúbas. A E. E. 20 de Setembro parabeniza o jovem talento. Em dezembro a escola teve o aluno Carlos Nascimento de Paiva Oliveira aprovado em Ciências agrárea pela UEPB, primo de Elifram. Até o momento temos dois aprovados. Esperamos que mais alunos sejam aprovados em 2013. 
Parabens! Carlos e Elifran.


domingo, 6 de janeiro de 2013

Aurélio Buarque de Holanda Ferreira



Todo brasileiro e  falante da língua portuguesa conhece o dicionário Aurélio. O dicionário foi organizado e redigido originalmente por Aurélio Buarque de Holanda, alagoano da cidade de Passo de Camaragibe, nascido em 3 de maio de 1910. Faleceu em 28 de fevereiro de 1989, na cidade do Rio de Janeiro.
Trabalhou como professor de línguas, filólogo, tradutor, lexicógrafo, crítico literário e ensaísta. Era filho de Manuel Hermelindo Ferreira e de Maria Buarque Cavalcanti Ferreira. Começou a estudar na cidade de Maceió, passando pelo Liceu Alagoano. Começou a dar aulas particulares de português aos 14 anos de idade.
Ingressou no magistério aos 15 anos. Em 1930, aos 20 anos de idade, passou a integrar um grupo de intelectuais formado por Graciliano Ramos, José Lins e Rachel de Queiroz. Formou-se em Direito em 1936, pela  Faculdade do Recife.
No mesmo período começou a lecionar português, literatura e francês no Colégio de Alagoas. Entre os anos de 1937 e 1938, exerceu o cargo de diretor da Biblioteca Municipal de Maceió. Deixou a biblioteca e mudou-se para o Rio de Janeiro, na então capital do Brasil, continuou trabalhando como professor de português e literatura brasileira, entre 1939 e 1940, no Colégio Anglo-Americano e , no período de 1940 a 1969,  no Colégio Pedro II.
De junho de 1954 a dezembro de 1955, exerceu a cátedra de Estudos Brasileiros na Universidade Autônoma do México, sob contratação do Ministério das Relações Exteriores. Entre os anos de 1939 a 1980, trabalhou como professor de Ensino Médio do Estado do Rio de Janeiro.
Trabalhou na imprensa como colaborador, redigiu contos e artigos. Nos anos 40, atuou como secretário da Revista Brasil ao lado do diretor Otávio Tarquínio de Sousa. Em 1941, colaborou com o projeto “Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa” e, no ano seguinte, lançou o livro de contos “Dois Mundos”, obra premiada pela Academia Brasileira de Letras em 1944.
Participou da elaboração do Dicionário Enciclopédico do Instituto Nacional do Livro. No ano de 1945, lançou o ensaio “Linguagem e Estilo de Eça de Queirós”; no mesmo ano esteve no I Congresso Brasileiro de Escritores realizado em São Paulo.
Casou-se em 1945 com Marina Baird, tendo dois filhos e cinco netos. Lançou o seu próprio dicionário em 1975, com o título “Novo Dicionário da Língua Portuguesa” que, com o passar do tempo, passou a ser referido como “Aurélio”, nome que se tornou sinônimo de dicionário, verbete que ele mesmo não autorizou incluir no próprio dicionário.
Em 1989, antes de falecer, lançou em parceria com Ziraldo o “Dicionário Aurélio Infantil” . Aurélio Buarque de Holanda foi membro da Associação Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, da Academia Brasileira de Filologia, da Associação Internacional dos Escritores com sede no Brasil, da Comissão Nacional do Folclore, da Academia Alagoana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e desde de 4 de maio de 1961, ocupava a cadeira n° 30 da Academia Brasileira de Letras.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aur%C3%A9lio_Buarque_de_Holanda_Ferreira?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/biografias/aureliobuarquedeholanda.htm

Significado de algumas palavras do minicionário Aurélio:

Cidadania: Condição de cidadão;
Cidadão: Individuo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado;
Democracia: Governo do povo; soberania popular; regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder;
Desenvolvimento: Crescimento, progresso;
Demolir: deitar abaixo qualquer construção


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Estado convoca professores e suporte pedagogico


Olhodaguense é convocada para suporte pedagógico.
Desta vez a convocada  foi a professora: Claudia Michelly Tavares Cortez.

Foi publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (04), a convocação e nomeação de 1.162 professores e especialistas aprovados no concurso público da Educação. Essa é a terceira chamada do concurso, que tem duração de dois anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. Desde março de 2012, o Governo do Estado já convocou 3.119 professores e especialistas aprovados no concurso, para suprir as necessidades das escolas em todas as regiões do Rio Grande do Norte. Dos 1.961 convocados nas duas primeiras chamadas, 1.578 assumiram.

Com o quantitativo que chegará às salas de aula no início desse ano letivo, a Secretaria de Estado da Educação espera oferecer uma escola mais completa e com mais qualidade aos seus alunos. "Com os novos professores, que irão substituir aposentados e temporários, podemos dizer que estamos preparados para atender às principais necessidades dos alunos", ressaltou a secretária Betania Ramalho.

"Aliado ao professor na sala de aula, temos uma merenda escolar de qualidade, o transporte escolar sendo ampliado, programas que garantem a escola de tempo integral, como o Mais Educação e o Ensino Médio Inovador, investimentos em infraestrutura e compra de ferramentas, das Novas Tecnologias, para tonar as aulas mais interessantes", completou.

Os professores e especialistas convocados nessa terceira chamada participarão de posse coletiva no dia 4 de fevereiro e já iniciarão o ano letivo na sala de aula, em 18 de fevereiro. A lista com os documentos e exames necessários para a posse também foi publicada no Diário Oficial.

Clique aqui para conferir a lista dos convocados

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Professor Adaécio, fala sobre acidente.



angelica caico
Comunicado de esclarecimento 

Apesar de toda a dor, angustia e tudo o mais e da própria dificuldade de organização mental, visto que estou à base de tranquilizantes desde o acontecido, venho trazer alguns esclarecimentos, motivado pelas informações erradas que vêm sendo veiculadas nos blogs e similares... Como disse Aristóteles, “uma mente perversa é capaz de deturpar até o que há de mais belo e bom”, imagine quando se trata de uma desgraça como essa... Se não foram perversos, foram no mínimo levianos... 

Em nenhum momento eu fugi ou abandonei o local, como falaram. No exato momento do acidente fui ajudado por um camarada que parou no local, ao qual pedi que levasse Vanessa (que estava consciente e andando) ao hospital o mais rápido possível e que chamasse a ambulância – já que percebia que Angélica teria que ser atendida por profissionais, por ser um caso bastante grave. Eu fiquei sozinho no local até que a ambulância chegasse, quando chegou também a autoridade policial local, amigos e etc. 

Vanessa foi conduzida a Mossoró, sendo acompanhada por um enfermeiro que inclusive é um grande amigo, por minha tia e sua filha, minha prima. Quando os profissionais da saúde chegaram ao local constataram o falecimento de Angélica. 

Eu permaneci no local. Estando em estado de choque fui colocado no banco do carro de um amigo e me foi feito os primeiros atendimentos e tentativa de que me acalmasse. Logo após fui conduzido ao hospital da cidade, onde dei entrada regularmente e fiquei em observação. Na ocasião fui consultado pela delegada regional, que fez algumas perguntas. Logo depois foram colhidas minhas informações pessoais pelo Sargento responsável pelo policiamento da cidade. 

Em nenhum momento me ausentei, como foi veiculado. 

Peço aqueles que me são próximos e demais pessoas que lerem esse comunicado que se puderem repassem essa notícia.

Adaécio Lopes.

Fonte: ODBNews

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Matriculas da E. E. 20 de Setembro iniciarão dia 07/01/2013



A partir do dia 07/01/2013, a secretaria da E. E. 20 de Setembro estará iniciando as matriculas para o ano letivo de 2013. Não percam a oportunidade de matricular seus filhos.

UFERSA abrirá mais 150 vagas em Caraúbas


O Campus da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) do município de Caraúbas/RN estará abrindo mais 150 vagas para o Curso de Ciência e Tecnologia no primeiro semestre de 2013.

Do total, 100 vagas serão para o período integral e 50 para o turno noturno. Elas podem ser disputadas mediante a participação do candidato no último ENEM. As inscrições podem ser feitas a partir da próxima segunda-feira no site do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). 

Veja o cronograma:




Fonte: Caraubas HotNews

Ex professor da E. E. 20 de Setembro, sofre acidente automobilistico no 1º dia de 2013


    angelica caico
O professor de Física Francisco Adaécio Dias Lopes, juntamente com sua namorada Carla Vanessa e a vítima fatal Angélica Raissa.
Quando se deslocava de Caicó -RN, para sua cidade Olho D'água do Borges-RN, na manhã do dia 1º de 2013, sofre um grande acidente e a jovem de 17 anos Angélica Raissa Dantas, morre no local do acidente.