quarta-feira, 29 de junho de 2011

ONDE ESTÁ O DIÁLOGO?

Grevistas acusam o governo de ter se fechado

Publicação: 29 de Junho de 2011 às 00:00

Braços cruzados e portas fechadas na Governadoria. Esse é o retrato do momento atual dos servidores públicos em greve, de acordo com os próprios grevistas. Ao contrário do que declarou o Governo do Estado, que, através de nota, garantiu que o Executivo está aberto para o diálogo com os  grevistas, os funcionários da administração direta e indireta que permanecem em greve acusam o Governo e "jogar para a imprensa" a suposta abertura para o diálogo.

Em nota divulgada ontem, o Governo do Estado "acena com a possibilidade de implantação de reajustes a partir de setembro de 2011, quando a expectativa de receita do Estado tende a colocar a administração dentro dos limites permitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal". Os grevistas - que estiveram à tarde na Assembléia Legislativa, dizem que nem os deputados estaduais da base governista conseguem agendar encontro para negociar o fim das paralisações. Ontem, os parlamentares seguiam sem uma posição do Executivo para repassar aos grevistas.

Convidados pelos servidores para mediar o debate entre os grevistas e o Governo, os deputados estaduais desde a semana passada teriam tentado o agendamento do encontro de membros do Executivo com as entidades sindicais. Ontem, na Assembleia Legislativa, membros do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do estado (Sinpol) e Sindicato dos Servidores da Administração Indireta do estado (Sinai) tiveram encontro com os parlamentares, mas os edis seguiam sem uma resposta com relação ao desejado encontro entre grevistas e Governo.

"O deputado Ricardo Mota chegou a conversar com o Governo, mas a informação que o líder, Getúlio Rêgo, nos deu é que ainda não há definição para um encontro", disse o presidente do Sinai, Santino Arruda. "Eles se dispuseram a procurar a governadora para tentar agendar a reunião e provavelmente, no fim da tarde de amanhã (hoje) nos chamarão para dar um posicionamento", diz.

Também presentes à Assembleia Legislativa, os membros do Sinpol tiveram encontro com os deputados para cobrar a abertura do governo. Na opinião da presidente do Sinpol, Vilma Marinho, o discurso do Governo foge da realidade e um entendimento. "Se os deputados tentam há uma semana uma reunião e não conseguiram, onde está a abertura para o diálogo? O que vemos é que o governo não quer sentar com a categoria. E assim não há como chegar a um entendimento".

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