Um Olho D’água para os olhodaguenses?
Muito interessante.
Olhodaguenses são todos os que neste município nasceram.
Hoje seria muito importante, que não só os que aqui nasceram, mas os que tivessem para nascer em Olho D’água do Borges, tivessem a oportunidade de ser olhodaguense. Infelizmente, algo considerado quase impossível. Assim fica difícil de ter um Olho D’água para os olhodaguenses. Porque como não nasce mais ninguém neste belo e maravilhoso lugar, e a vida pelo ciclo natural tende a obedecer a sequencia: nascer, crescer, viver reproduzir e morrer. Restam apenas as quatro últimas alternativas. E pelo andar da carruagem, tem muita gente morrendo.
Muitos estão morrendo sufocados pelo princípio da igualdade e do direito a vida com liberdade, que está assegurado na Constituição brasileira. Estamos em um mundo globalizado, com informações rápidas que facilitam à comunicação, o contato, a interação. Chegamos a pós-modernidade.
É inaceitável, inadmissível, que alguém queira trancar as portas da sociedade. Puro autoritarismo, alguém querer um regime como existiu na Alemanha na época do muro de Berlin. Quem estava de um dos lados do muro, não tinha o direito de ver os que estivessem do outro lado. Mesmo que fossem parentes, o regime diria qual seria a sua família. Vergonha, medo, eram adjetivos perpétuos. Não foi fácil na mesma Alemanha, um lado só para os orientais e outro só para os ocidentais. Não foi fácil em Cuba todos obedecerem a Fidel Castro. Olho D’água só para os olhodaguenses?
Paulo Freire, um dos maiores pensadores brasileiros, fala da importância da coletividade no processo educativo. A mistura de raças, fez do Brasil um dos países mais belos do mundo. O que seria da cultura brasileira se não fosse os negros africanos? Essa mistura de raças nos fez uma grande nação.
Pobre sertão, se não fosse às belezas do Nordeste. Pobre Nordeste, se não fosse às belezas do Brasil. Pobre Brasil, se não fosse às belezas das Américas. Pobres Américas, se não fosse a grandeza de estarem relacionadas aos continentes. Pobre planeta, se não fosse às mentes que brilhantes nos diferentes lugares do universo.
Pobre Olho D’água, se não fosse às estradas que nos levam a grandes viagens, tentando buscar o que não temos para os olhodaguenses.
Os três estudantes potiguares que participaram da Feira Internacional de Empreendedorismo Produtivo, Ciências e Cultura do Equador, durante esta semana, vão trazer muito mais do que a experiência de participar de um evento internacional. Eles conquistaram o primeiro lugar geral na feira, entre os projetos de estudantes do Brasil, Equador, Peru e Uruguai, por terem desenvolvido o seu próprio sistema de energia eólica. Como premiação, receberam troféu e U$ 1.500,00.
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